Clarão no céu? Lançamento de satélites Starlink na Califórnia forma rastro brilhante, visto no RS
Lançamento de satélites Starlink forma rastro brilhante e é registrado no RS Moradores de várias regiões do Rio Grande do Sul se surpreenderam na noite de ...
Lançamento de satélites Starlink forma rastro brilhante e é registrado no RS Moradores de várias regiões do Rio Grande do Sul se surpreenderam na noite de quarta-feira (17) ao ver um rastro brilhante cortando o céu. Houve quem pensasse em Objeto Voador Não Identificado (OVNI), mas a explicação é bem mais simples. Segundo o Observatório Heller & Jung, o fenômeno foi provocado por mais um lançamento da constelação Starlink. 🛰️ A Starlink é um braço da SpaceX, a companhia de exploração espacial de Elon Musk. Com a Starlink, o grupo trabalha para lançar e formar uma "constelação" de satélites para levar conexão de internet a áreas remotas com pouca ou nenhuma estrutura. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A SpaceX colocou novos satélites em órbita usando o foguete Falcon 9, em uma missão que partiu da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. O Observatório fica localizado em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A imagem foi registrada por volta das 20h28, no quadrante sudoeste, quando a luz do sol ainda iluminava a trilha dos satélites (veja vídeo acima). Lançamento de satélites Starlink forma rastro brilhante e é registrado no RS Divulgação/ Observatório Heller & Jung Mas por que um satélite lançado na Califórnia pode ser visto no RS? A razão pela qual objetos lançados ao espaço podem ser vistos em diferentes pontos do planeta está ligada à combinação de altitude, velocidade e iluminação solar. O Observatório explica: Reflexo do Sol: Satélites não têm luz própria. O brilho que vemos é a luz solar refletida por suas superfícies. Como eles estão a centenas ou milhares de quilômetros de altura, continuam iluminados pelo Sol mesmo quando, para quem está no solo, já é noite; Movimento acelerado: Em órbita baixa, como a dos satélites Starlink ou da Estação Espacial Internacional, a velocidade é de cerca de 27 mil km/h. Isso faz com que cruzem o céu rapidamente e possam ser observados em diferentes países em questão de minutos; Altura e alcance: Quanto maior a altitude, maior a área da Terra que consegue enxergar o objeto. Em alguns casos, é possível vê-los a até 500 km de distância da trajetória; Órbitas fixas: Satélites geoestacionários, que ficam a cerca de 36 mil km de altura, permanecem “parados” em relação à Terra, garantindo visibilidade contínua de quase um hemisfério inteiro. Logo após o lançamento, os satélites permanecem próximos uns dos outros, formando uma espécie de “linha brilhante” no céu. Isso acontece porque eles compartilham a mesma órbita inicial, estão em baixa altitude e refletem bastante luz solar, especialmente quando os painéis solares estão posicionados para captar energia. Os satélites da Starlink ficam em órbita terrestre baixa, a uma altitude de cerca de 550 quilômetros, o que significa que eles estão próximos da Terra (inclusive, é possível vê-los daqui), tornando o envio de sinal bem mais rápido. Para comparação, os satélites geoestacionários ficam a uma distância de 35 mil km. Segundo a Starlink, os satélites se movem automaticamente para evitar colisões com lixos espaciais. Também há sensores de navegação para que os equipamentos possam encontrar a melhor localização, altitude e orientação para envio de sinal de internet. Lançamento de satélites Starlink forma rastro brilhante e é registrado no RS Divulgação/ Observatório Heller & Jung VÍDEOS: Tudo sobre o RS